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De outra forma




Nunca aceitas-te o convite das sombras do recreio. Pinchos de euforia sem limite misturada com um riso cheio de curvas audíveis ao longe.
Hoje nunca aceitas-te.
Eramos engenhos de fulía carnavalesca de festa iluminada pela alegria nossa. Eramos, fomos, tivemos momento assim, sem esconderijo de história dos outros. Tivemos, eu sei que tivemos. Podemos não lembrar, mas houve coisas assim num recreio barulhento distante.

Hoje...
Hoje o sol acorda e somos. Somos, temos de ser, vamos sendo. Escondidos de nós com cavernas feitas em frases de sempre.
Conversa redonda em volta de tudo que não temos. Conversa quadrada cheia de cantos confortáveis. Conversa rectangular ou de trapézio, com pontas ligadas aos nossos, aos pobres que enganamos.

A maioria não é sabedoria.
É arrastão de praia,
conversa de cervejaria,
serão de novela.

Por isso, vou ironizar sobre a vida falada por todos. Aquela história do "é assim a vida", ou do "isto está mal".
Posso ser vivo hoje, mas não estou cá.
Sabem, um dia serei eu ... de outra forma!
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