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I intend to love you



Dá-me a mão! Saltemos os campos e os rios e seja nosso o mar.
Seja nosso o infinito nascido dum beijo secreto. Nossas mão dadas numa incerteza ardente, procedente dum coração acelerado.
Porque a vida salta num instante estranhamente desejável, como se o eterno e longínquo nos batesse à porta e corresse por entre os montes. A felicidade ali à porta de casa e fugindo para as árvores ... e ...  a corrida desenfreada.
Quero um beijo!
Teus olhos apresentados aos meus como prenuncio do futuro, prelúdio da melodia cândida e cristalina cheia de pontos etéreos e sublimes.  Tuas lamparinas do ser mostrando um jardim onde decorre um rio límpido, transbordante e polvilhado de vida. Teus círios da alma aperaltados de chama alegre e dançarina.
Como posso passar sem te ver?
Mesmo que me vendem os olhos ou, por malvadeza das deusas impiedosas, o destino me retire o dom de sentir as cores na fronte, a ti eu sentirei. A tua presença, o teu cheiro, a tua voz terna e acolhedora me falará daquilo que posso ser.
Ser um contigo! ... ser ...

Talvez o tempo não conte, ou não fale, porque o tempo é trapaceiro e fonte de muitos enganos.
Talvez acabe o mundo, porque o tempo se esgota e a pagina certa correu até ao ultimo verbo.
Talvez os sonhos se escondam na carapaça da idade, essa maldita que se acumula nas fendas da pele e nas marcas de dor que o mal nos causa.
Talvez tudo passe, melhor, tudo passa.
Mas hoje, agora, enquanto a vida corre nas veias e teu rosto se encosta ao meu. Enquanto os rios correm para o mar e os pássaros, amigos dos ramos verdes onde corre a vida pura, dançam sobre nossas testas elevadas num orgulho irresponsável. Enquanto tudo isto e um segundo maldito, preciso e certo se desloca numa distância milimétrica de atleta campeão, a tua fronte esbelta me fala do possível e eterno num agora.
Por isso, amor, se a vida nos permitir, encosta a tua boca à minha e as palavras seremos nós.

E depois...
... depois ...

I am easy
Easy to keep
Honey, you please me
Even in your sleep
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