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Perdas



Nem sozinhos nem com alguém, as casas que caíram e nós
nós ali presos.
Sabes quantas derrotas trago ?

Uma rua povoada de dores, peso nas costas.
Qual é a história disto ?
O erro de se ser inocente e o peso … estranhos e o peso.
Como podemos explicar a esperança quando só o peso.

Nós imaginados, desenhados pela possibilidade sexual da espécie.
Nós uma criação e as criações gastas em histórias lineares da TV.
Eu não sou aquilo, e um reboliço grande na pele:
- Serei bonito ?
Arranjos   espelho, doidices estéticas e o corpo cheio de fúria.
- Serei bonito ?
Horas passadas a ver vultos passar como que dizendo, nunca sairás, nunca sairás, nunca sairás.
E o corpo preso
E a face presa
E os dias totalmente presos.

Nada nos dão.
Paga-se cada pitada do corpo nas contas do tempo.
Como se explica o frio por dentro, as pilhagens emocionais as derrotas que carrego ?
Sabes quantas derrotas trago cá dentro ?

Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Unknown disse...

Muito genuíno Leandro. Gosto bastante da tua mente e escrita conciliadas nas tuas palavras. Parabéns