
Ora não era tarde - pensava ele.Saiu pele porta, e como se tivesse decidido enfrentar o medo, dirigiu-se para a saída. Aquele lugar tenebroso tinha sido a sua casa durante anos, ou melhor, o lugar onde vivera, porque casa aquilo nunca fora.
Quando saiu pelas portas de madeira, duras como a dureza do coração daquela gente que vivera com ele, sentiu paz.
Era magia! Finalmente tinha decidido ficar livre. Desprendeu-se das amarras que o prendiam ao preconceito, ou ao socialmente correcto. Tinha uma sensação que agora ia ser feliz. Se antes pensara que tudo que sentia era errado, que na queria ser assim, não queria estar ali, agora tudo mudara, era livre de ser, sentir, pensar.
Todo o mal que o dominara ia acabar atravessando aquelas portas incrivelmente duras.
Saiu, e ao olhar para traz pensou se sentiria saudades. O seu coração disse-lhe que não! E lançou-se ao futuro com um sorriso!






