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O vento

Quando o vento nos bate na cara, somos como que libertos. Saímos do lugar onde estamos e entramos noutro local.Viajamos pelos sonhos,
  (ai, desculpem estar a usar o nós, coisa de quem pensa que fala por muitos)
fechamos os olhos à luz e pensamos voar. Mas o terror de ser-se assim tão liberto vem em forma de esquecimento, de descuido. E se o vento é forte? Se é uma tempestade? Ou um arrepio de morte?
Se eu subir à serra
   (vês pá! já te educas-te!)
não vou deixar que o vento me engane. Pode ser que venha um velho(como numa história do Poe), contar-me os terrores do vento.
E eu não quero saber. Não quero mesmo!
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