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E o homem foi feito para amar...




Por decisão de quem é superior a mim, pegaram em mim e nos meus colegas de caminhada e levaram-nos para a praia. Disseram-nos que íamos planear um ano, e cá para mim havia muito a planear.
Saímos numa sexta à tarde e partimos para o nosso futuro, como se tudo que se atravessa-se no nosso caminho fosse bem-vindo, porque íamos cheios de esperança.
Quando chegamos entramos numa casa que me era desconhecida a mim, se calhar conhecida aos outros, mas não a mim. Sou novo nestas andanças pelos caminhos diocesanos! Por coincidência do destino, não tinham jantar para nós e fomos comer a um restaurante no mínimo simpático. E enquanto partilhava-mos o pão estreitamos laços mais fortes de amizade.
E depois partimos para uma vigília onde do fundo do coração me comprometi com um plano que escolhi para a minha vida, apesar de tantas contrariedades. É em momentos como aquele em que sentimos que algo mais alto existe do que nós.
No sábado acordamos e partimos para uma caminhada para um monte. E enquanto caminhávamos, falávamos uns com os outros, e sabem, falar fez-nos tão bem. Fomo-nos descobrindo, desvendando os segredos de cada um pela comunicação, como que lutando contra o isolamento da sociedade actual.
Caminhamos e chegamos a uma capela no alto de um monte, onde rezamos e reflectimos na palavra integração. A integração resume-se em ter pré deposição para acolher os outros que se querem juntar a nós e ao nosso grupo. A realidade é que esta realidade exige um conjunto de cedências e apoios para que de um modo unido se consiga levar a uma unidade.
Continuando o caminho a chuva fez-nos parar para um pequeno convívio num café. Em grupo caminhamos todos para uma linda igreja onde reflectimos na palavra discernimento. Como o mundo seria melhor se houvesse mais discernimento. E se digo o mundo, não o digo no sentido de apontar só os outros. Quão seria eu melhor se discernisse mais, ou seja se pensasse, repensasse e voltasse a pensar, em várias das realidades que me passam na vida.
Voltando ao ponto de partida e recuperando as nossas forças na mesa do almoço, ouvimos o nosso pastor que nos veio falar da importância do dom da vida, e de transformar na vida um dom para os outros que nos rodeiam. E numa partilha alargada onde a reflexão intima nos pode mostrar a verdadeira dimensão do plano que Deus preparou para nós este ano.
E depois de rezarmos os salmos como o Mestre, e de jantarmos dirigimo-nos ao Porto onde vimos o musical Jesus Cristo Superstar.
Para quem não viu, aconselho vivamente a ver. É uma peça lindíssima, que toca o coração e que nos deixa cheios na alma. É como se ali se meditasse todos os mistérios do Senhor de uma forma tão bela, a partir da música. Uma obra genial.
No Domingo celebramos o dia do Senhor, e em comunidade meditamos no valor deste conceito, a comunidade. O que é a comunidade? O que fazer para construir comunidade? E para quê andarmos com preocupações para unir meia dúzia de pessoas? Questões tão importantes e tantas fezes sem resposta.
No fim voltamos para a nossa casinha comum, mas muito mais ricos do que partimos porque dialogamos e assim constroem-se sempre pontes de amizade. E o homem foi feito para amar.

Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Pedro disse...

ohoho...o musical do weber..como tem tantos e com tantas musicas lindas...pie jesu...phantom of the opera...don´t cry for me argentina....