
A lição que a vida nos traz, foca-se essencialmente numa realidade: nem todos gostam de nós. Os que vivem connosco, muitas vezes não nos percebem.
Pretendo com este texto reflectir sobre o sentido que temos para os outros. Uns amam-nos, outros odeiam-nos, e muitos, senão a maior parte, engana-nos! Para muitos parece ser muito difícil escolher um campo do jogo. Assim jogam nos dois. Tanto são da nossa equipa, como jogam pela equipa adversária.
A vida torna-se assim um jogo, onde cada um tenta esquivar-se aos ataques daqueles que lhe querem mal, e como se não basta-se, tem de estar atento aos espiões do lado inimigo.
Ser traído deixa um sabor muito amargo na boca. Fica uma enorme dor no coração, uma dor que não passa, porque em vez de o ataque vir de fora das nossas defesas, a lança veio por dentro.
Como é difícil perceber, que muitas vezes não temos razão. E não vale a pena fazer birras. Não podemos ganhar sempre, nem sequer podemos usar, os meios que mais nos agradam. A luta da vida não é essa. A nossa luta deve se prender mais, não em dizer que está certo, mas sim em dizer quero aprender.
E se por um lado, queremos vencer sempre, pensemos que outro não gosta de sair derrotado. Portanto, se a nossa vida só tem sentido no outro, na relação que temos com o outro, inseridos nós os dois neste mundo, não vale procurar abrir as feridas, mostra-las como que a dizer ao que nos feriu: feriste-me vês,nunca esqueças isso. Sofrem os dois,o ferido e o agressor.
Ninguém gosta da guerra. Ninguém gosta de um conflito. Não somos bichos de trincheiras, somos seres em permanente relação. Isso é que importa verdadeiramente.
Fechem-se as feridas, demos as mãos!






