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Do alto



Do alto daquela montanha amor, tu traíste-me.
Ah, o alto
dos pícaros do orgulho sem fim
espinhos, espinhos, espinhos.
O sol lá longe sobre os nus , talvez o verde, o verde? o sol e o verde.

Paro!
Vejo a cruz do santo: separação inscrita nos tempos, hoje há um cúmulo de não iremos abrindo-me o peito.
Os sinos vivos de som
o universo
o vento
o uivo
folhas a dançar,
existências.
Parar e olhar bem lá dentro rezando que nada fale, só o silêncio explica os problemas que dançam.
Tenho que vai aqui uma grande festa.

Finito o silêncio,
(nada no escuro. consciência. perdão aonde estás?)
grito.

Um brinde a isto:
à manhã quente porque nova,
à morte morna da repetição em formas de deus verdugo do amor,
à despedida medrosa de ti.

Agora são sinos o ar, no fim tudo é incerto não é?
O vento pondo as igrejas tão perto
trazendo das alturas a minha confissão,
não nos vejo utilização neste pecado.
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