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Não julgues, não serás julgado...




Era pequenino, tão pequenino e parecia que não era possível fazer mal algo tão pequeno. Era simples, eu pensava que era pequeno,mas não era, e já lá iam, há muito, os tempos da compaixão infantil.
Agora era grande, ou melhor, era visto pelos outros como um grande, era responsável pelo que fazia, tinha de tomar conta de mim, e bem podia pedir atenção ou mimos, que não mos dariam. Era adulto.
Ai!Mas sentia-me tão pequeno. Não sabia resolver nada, porque as certezas não existiam. Como distinguir o bem do mal, onde tantas coisas boas são más, e coisas más são boas? Era tudo tão confuso.
E no silêncio, no meio das multidões que nos rodeiam na rotina do diário, sentia-me profundamente só. Ninguém parecia conseguir chegar a mim, e nem eu chegava aos outros. Ser adulto é difícil, principalmente porque se tem de escolher, e escolher muito bem. E no meio das ruas cheias de risos de crianças, e casais de namorados a passear, eu penso no que fazer, no que seguir, em quê apostar.
E enquanto caminhava, ruíam, por dentro, edifícios que pareciam certos, ideias que pareciam exactas. Lá no fundo, a única coisa que ficava era uma lição: não julgues e não serás julgado.

Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Alex disse...

Confesso que a linguagem que usaste é algo difícil de compreender. Talvez precisasse de ser um pouco mais limada...
Mas, vamos ao que interessa. Vejo que o benjamim desta casa ainda sente - coisa natural - as muitas incertezas que a crise da adolescência costuma oferecer aos que por ela passam. Não te preocupes: estas incertezas vêm... e ficam! Não tarda a que te habitues a elas!
Todos os sinais (a dificuldade em distinguir o bem do mal - afinal, confundem-se muitas vezes -, a solidão e o silêncio no meio de multidões ruidosas, os edifícios que estão a ruir por dentro) são os sinais de que um novo mundo, uma nova vida está a germinar! E auguro um futuro auspicioso para essa vida, porque ela se assenta num princípio fundamental: não julgues e não serás julgado!
PS: Obviamente que deste princípio se exceptua o julgamento de ontem à noite. Mas nele, também estiveste bem. Parabéns, Palmo e Meio ;)

Pedro disse...

hum...pois isso sao sentimento proprios que ocorrem em momentos muito intimos que eu gosto imenso de sentir de quando em vez...mas sabes eles nao devem ser destrutivos...devem ser em certa forma bem constructivos nem que seja de uma certa "pena" por ti mesmo ou no alimentar de uma nova sensibilidade em ti e logo com os outros!!!
abraço!!!