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Um panda triste...




Um dia um panda saiu da sua floresta. Dizia ele que estava cheio da monotonia, de ver sempre as mesmas plantas, de encontra sempre os mesmos animais. Portanto virou as costa aquilo tudo e foi ver como era o resto do mundo.
Desde que saíra pouca coisa tinha visto. Não havia, ao menos não os via, grandes animais. De árvores, nem se fala! Só via relva e pequenas flores. Rio, nem o ouvia. O máximo de água que tinha encontrado não passava de um pequeno charco de água, onde mal podia ver a sua cara.
O novo mundo não estava a ser lá uma grande maravilha. Mas, casmurro como era, continuou a andar. Para surpresa dele acabou por ver uma coisa nova. Parecia um animal, mas não era. Este ser imita sons estranhos e coordenados. Andava só em duas patas e ainda por cima, tinha mais duas patas levantadas, com as quais mexia numa coisa que parecia bambu só que em preto. Essa coisa tão estranha, fazia música, como o canto dos pássaros ou o correr das águas.
Aproximou-se daquele ser para o ver melhor. Este admirou-se porque nunca tinha visto um panda. Começaram logo a falar: o panda falava das águas, das plantas e dos animais do local onde vinha. O outro contou-lhe que era um homem e falou-lhe da música, dos jogos e inevitavelmente, do seu trabalho.
Quando o panda viu que o homem sofria muito ao trabalhar decidiu voltar para a floresta. E lá voltou a vida que tinha. Mas já não era o mesmo! O pobre panda, tinha saudades da música, daquele som tão belo. Mas se voltasse para a ouvir iria ter de trabalhar como o homem.
Preguiçoso e molengão, o pobre animal nunca mais ouviu a música e morreu dentro da sua monotonia, só porque não queria trabalhar.
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