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Beethoven e a morte



Com a música de Beethoven não podemos querer morrer. É impossível! Aquilo entranha-se na pele, rouba-nos a razão e ficamos rendidos ao belo do mundo.
Depois a beleza quebra, vem um silêncio medonho e aparece-nos a morte à porta.
Bate, bate, bate ...
Um dia abro, pergunto-lhe que raio ela quer. Se o rosto dela me agradar
   (caras lindas. gente linda. mundo lindo. tudo tão só)
convido-a para um chá, assim uma coisa à britânico. Tudo bem arranjado, com conversa da alta cheia de palavrinhas portentosas.
Já se não lhe gostar da figura, fecho a porta e mando-a passear. Não quero andrajosos aqui dentro de casa.
Se a parva insistir ponho Beethoven no rádio. Ela bem que corre e só volta no fim.
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