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Diziam que estava errado mas ele não queria saber. Que se lixassem os outros.
Na vida o lado do bem e do mal mistura-se. Nada é branco ou preto. É tudo cinza. E, assim, fica a gente a apontar a língua para uns e outros, fugindo do veneno que somos nós.
   (e se as cobras bebessem veneno? lá para os lados da "perfeição" o veneno não mata. está estampado na cara)
Portanto, que não viessem com juízos e palavras cheias de experiência. Cada um sabe o moinho onde se mete. Já falava Allan Poe de remoinhos e da loucura de saber como eles são. Meta-se cada um no seu e, se dele sair para ver o vizinho, faça o favor de ser uma peça útil. Inúteis já bastamos nós quando estamos sós.
Sinceramente, o homem já passava por tantas. Era a mulher, dona de tudo e de todos. E pior que isso tudo, dona de uma língua cheia de imaginação. Começava com a vizinha, a estrada, a falta de dinheiro, a falta de amor, a vontade que lhe dissesse que a amava.
   (as cobras amam? talvez. coisa mais embaraçosa)
Treta essa de amar.
Depois da mulher,
(e da sogra, mais o sogro, a parvas das amigas felizes dela)
vinham os filhos. Uma de catorze anos armada em Britney numa versão mais rameira e oferecida. Fechava-se a parva no quarto, a ouvir sei lá que coisas vindas da cabeça de loucos, só pode.
   (as cobras não amam. elas sabem bem que custa caro)
Mal sabia a mal agradecida quão bem o homem podia estar na vida se ela não tivesse cá. Uma ignorante, com mania de dispensar tempo e dinheiro em roupas e coisas do mesmo reino animal.
(deve ter herdado os genes da mãe)
A esta juntava-se um rapaz de vinte anos. Esse inteligente, estudioso e empenhado naquilo que fazia. Mas, entre um e outro venha o diabo e escolha. Ela grita, ele não fala. Parece uma múmia vinda do Egipto.
Resumindo, amar aqueles estafermos saía muito caro.
   (custos. é! as cobras não amam)
Parvas das pessoas que não percebem. Mata-se a gente para parecer homem às direitas. Chefe de prol respeitado. Cara séria do mundo dos adultos e vem a gentalha falar de um gosto mais cinzento?
   (cobras cinzentas. difícil isto de ver o bem e o mal)
Suportava o coitado esta cruz de ser normal e nem lhe permitiam um gosto mais pessoal. Eram só umas conversas com rapazes novitos, umas saídas escondidas onde lá se descarregava o gosto animal. Tinha feito tudo direito, acertara os gostos pela vida das gentes, mas, porra,
   (até as cobras choram. difícil ver ao espelho a alma!)
não devia o pobre ser feliz?
Sei lá!
É o que se diz por aí.
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde... gosto da tua maneira de pensar... concordo
és católico??
bjs Sara
tb tenho blog... Historias-de-um-coracao.blogspot.com

João Bosco da Silva disse...

O senhor ALA a influênciar e ainda bem.