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Parado



Dominado por um soberbo momento de pausa. Nada na mente,
(e a mente cheia)
nada na mente disse. Ao fundo imagens sem distinção, não vejo, não é a para ver. Há gente falando para aí, ouço roncos e banalidades vomitadas com ar de certeza. Não presto atenção. Não atento a nada. Estou longe.
Estrelas na cabeça, meteoros, rostos com valor. Fixo o passado sabendo que não o posso tocar, ele foge pelos dedos e eu a ver. Eu fixo nele que se mexe.
Paradoxo supremo, o tempo brinca e eu parado num momento soberbo de pausa. Saltam minutos, beijos, atalhos, suspiros. Rolam pessoas, cabeças, estados. Correm ideias, amores, enganos.

"Olha!" - quebrou-se o feitiço, o universo desfazendo-se. Pessoas voltando para o armário, gatos a fugir para o monte e os segredos fechando um baú. A mente fica cheia das mensagens oculares.
(e a mente vazia)
O veneno entrando pela vista.

Já sem mundo digo: "fala lá" 
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Joana Meneses disse...

um texto sobre quê? sobre aquela imagem ou sobre o facto de bater no fundo?

a música que tenho no blog acho que qualquer pessoa consegue admirar.
não sei quem canta nem nunca vi a cantora. descobri no verão passado no youtube quando estava a ouvir "if this love" do Bob Marley e, de lado apareceu Bossa 'n' Marley e eu cliquei e ela canta várias músicas do Bob, U2, Guns, etc mas versão do estilo Bossa nova :)
sabe tão bem ouvir. Relaxa tanto.
Aconselho a ouvir :P

João Bosco da Silva disse...

Um momento...a medida maior do tempo, tão grande que...já passou mas está sempre. Excelente texto!