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Alguma noite



Champanhe ...
explosão ...
riso !!!

Sentem-se os vizinhos numa vigília de loucura, onde impera o sono adiado e os olhos raiados de vermelho.
Soltam-se os corpos em liberdades extremas,
impossíveis,
despropositadas.
O som levantado acima da penugem dos pêlos. Um suor de gosto, débil e atraente corre pelas roupas já irreflectidas,
inúteis. 
Somos a festa hoje, nesta noite onde as coberturas dos edifícios tremem, e as ruas se tornam permanentes, sem silêncios,
sem carros a abrandar e a desaparecer,
sem obrigações funcionais que despoletam o efeito de sinergia universal.

Roubemos esta frivolidade aos espaços amplos.
Cantemos esta intermitência remetida ao erro calculatório da margem produtivo.
Esta noite seremos true blood !
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