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Para onde e com quem...



E se algo vai errado e não sabemos que fazer! Ai! Vou desabafar porque por vezes só nós nos conhecemos. Acho tudo muito difícil, incompreensível. Sinto-me incapaz de responder a tantos pontos de atenção, a tantas chamadas, a tantas coisas importantes para fazer.
A dificuldade de lidar com os outros aparece-nos a todos os momentos na vida, e acho que a vida se resolve na batalha continua do estar a fazer o quê no mundo, e com quem. Tudo se resolve a ter um plano na vida e em saber com quem estar bem na vida. A sensação de vazio, de falta de sentido, toca-nos de uma forma tão audaz, que acho que nenhum homem pode dizer que não se tenha deparado na sua existência com o vazio de não saber o que fazer. E se uns entram em stress e procuram psicólogos, outros porem, buscam a solução dentro de si, em filosofias que lhes dêem sentido, ou abraçam a religião.
Mas a questão do vazio toca profunda mente no peso incontornável que o homem tem. O homem é um Ser que pensa, e pensar torna-nos inquietos, como se procurássemos todos os dias algo que nos arranque um sorriso, ou algo que nos realize, que nos encha da aridez que muitas vezes é a vida.
A solidão toca noutro pilar da vida humana. Na somos nadas sem os outros, e directamente ou indirectamente, tudo que fazemos envolve os outros. Fazemos de tudo para sermos aceites pelos outros, ou fazemos tudo para não sermos como os outros. Choramos quando não sentimos os outros, ficamos nervosos quando os outros não aceitam o que somos ou queremos dizer, temos medo dos outros, como se os outros nos pudessem roubar algo que é só nosso.
Mas viver sem os outros é impossível. Penso que até sobreviver sem outro ser humano, deve ser impossível. Precisamos de nos sentir amados, apreciados, aceites. Construímos redes sociais complexas, que servem de apoios para a vida. Criamos grupos de amigos, conhecidos, odiados, e só a muitos poucos revelamos a verdade do que somos. Mas em grande parte do tempo são os outros que nos dizem o que somos. Sabemos muito pouco de nós, e por pensarmos ser algo criamos lugares que mostrem aquilo que pensamos ser, como santos no altar errado.
A vida com os outros pede demasiada entrega, e nós apesar de Seres sociais, somos animais que protegem o seu território. Nem que o território seja a alma, ou aquilo que de mais íntimos somos, porque temos de saber para onde vamos e com quem vamos.

Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Pedro disse...

bonito texto e muito verdadeiro, na realidade...eh pah...sem palavras mesmo!!!
esta tudo dito!!!
ahahaahhaahhah
fica bem manuh!!
graaaaande abraço!!!

Alex disse...

As aulas de filosofia estão a fazer-te bem...

Brisa disse...

woww...mto legais seus textos...amei seu blog, me perco nele
ass:claudia