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Portugal eleitoral




Se te disse-se que o mundo acabava acredita que acreditava!
As pessoas andam na rua todas contentes. É o carro dos de vermelho ou o os de azul. Uns de verde, amarelo e azul. Mas pior são os de laranja metidos com os de rosa.

Quando vai sair Portugal desta cepa! Um dia querem uns, outro dia outros. E espalham caras de boniteza conveniente. Tudo à espera da côdea do pobre que no fim dá um grande bolo.

Estou farto de gente a buzinar carros, das bandeiras e dos gritos, ou da loucura de mentir às massas. É que se ainda dissessem algo que interessa-se. É tudo bagatelas e ninharias.
Alguém falou dos prédios? dos carros? dos parques?
Não! Eu respondo sem medo: NÃO!
É só arruadas e jantaradas com tretices em cima de palanques.

Ah porra!
Vai tudo votar domingo.
Vão fazer aí edições especiais de noticias e avaliações com mais discursos e sermões de zurrapa.
Será que ninguém vê que ninguém quer saber. Que a maioria é ignorante e inculta!

Sabem o que interessa aqui no canto é a noite de sexta e a noite de sábado.
O resto, são as novelas e o futebol. As revistas do diz-que-disse e os Magalhães da facilidade.

O Pessoa queria um Quinto império...
O Lobo Antunes pública mas ninguém lê...
A Agustina, ninguém a percebe...

Acabamos por ficar na partidocracia cheia do palavreado sem valor.
Bem-vindos ao Portugal eleitoral.
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