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No bosque



Bate forte, bate forte, bate forte.
Paga a conta ...
Bate forte, bate forte, bate forte.
Vai  embora ...
Bate forte, forte, forte ....

Dança amor ... dança.
Há um lugar para nós onde o sol fica azul.
Há um lugar para nós  onde a agua cor de fogo.
Há um lugar para nós ... onde
Espero!

E pensa que a história continua. A divida saldada e entregue ao passado, o ultimo toque porque passado, um beijo leve porque passado.
Passado ... espero ...
Futuro ...  espero ...
Presente numa clareira onde embate o sol e as agulhas dos pinheiros pintando o ar. O odor a terra verde e molhada, as pedras húmidas pelo bafo das nuvens que roçam o chão, a resina derramada como um sangue sagrado e isto sonho. Fechei os olhos e nós sonho num bosque lindo, com árvores e agulhas de pinheiros onde voam pássaros.

Acredita.
Silêncio em eco contínuo. Silêncio.
A porta fecha com três estalinhos, porque a porta tem manha.
O cofre arrancado e sepultado na areia e ele disse ...
Na areia, a chave longe, e ele disse
Silêncio em eco, grito mudo ... sem ar.

Epifania!!!
Os  segredos revelados numa folha acastanhada caída dum carvalho. Já não só pinheiros, agora carvalhos onde passeiam caracóis amigos da humidade. O sol fraco, porque roubado. Culpem as folhas. Cogumelos no chão com bichos húmidos, culpa das nuvens, culpa do tempo, culpa do choro.

Desencontro ... Encontro
Letras numa lápide, melhor, num cofre.
A chave jogada, atirada, sepultada.
E agora ... a busca!


(Sooner or later you'll bury your teeth) 
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